ANTÓNIO FACCO VIANA BARRETO (1924-2012)
Fundador PEV | Projectos de Espaços Verdes, Lda.
António Luís Facco Viana Barreto pertence à chamada “ínclita geração” de Arquitectos Paisagistas a ser formada em Portugal. Este primeiro grupo de alunos do Professor Caldeira Cabral teve uma importância incontornável no pensamento filosófico e conceptual da Arquitectura Paisagista. Desde o desenho do espaço público e privado à legislação essencial do Ordenamento do Território, tomando posições, nem sempre compreendidas, de salvaguarda do património paisagístico e natural de forma combativa. Hoje estão na ordem do dia conceitos como a paisagem, a sustentabilidade, o ordenamento, a defesa da natureza, o impacto ambiental, o ambiente, os recursos renováveis, etc. Conceitos ditos actuais que se entendem agora como profundamente precursores desde a década de 50. A estes profissionais e aos que se seguiram, se deve uma consciência mais inteira da Humanidade e do território em que vive e molda.
Prémio Valmor em 1975 da Câmara Municipal de Lisboa pelo projecto do Parque da Fundação Calouste Gulbenkian; e Louvores por Despacho Ministeriais em 2 de Março de 1957 e 4 de Novembro de 1975.
Quando contratado pelos Serviços de Urbanização do Ministério das Obras Públicas em 1953, como especialista em projectos de zonas verdes, realizou diversos estudos de parques e jardins por todo o país, em apoio a várias Câmaras Municipais e elaborou diversos planos e projectos da sua especialidade para outros departamentos do Estado por solicitação destes à Direcção dos Serviços de Urbanização ou ao Ministério das Obras Públicas.
Quando Chefe de Serviços de Ordenamento da Paisagem, procedeu à desconcentração dos serviços, através da criação das zonas de Ordenamento da Paisagem (Norte, Centro, Sul, Madeira e Açores) como passo essencial da descentralização, que já nesse tempo, se julgou indispensável como forma adequada para uma acção mais eficiente e alargada a todo o País.
Os Serviços de Ordenamento da Paisagem e esta iniciativa – a sua descentralização – já visava um aspecto preliminar de Ordenamento de Território, na matéria ainda altamente controversa posteriormente tornada missão da Direcção-Geral do Ordenamento do Ministério da Qualidade de Vida.
A partir de 1973 e em face da complexidade destas questões procurou a utilização da Detecção Remota (encontrando-se nessa altura integrado na Comissão Permanente de Estudos de Espaços Exteriores, da Junta Nacional da Investigação Científica e Tecnológica) e a pesquisa de novos métodos e sistemas de tratamento automático de informação que permitissem tratar com eficiência, e por antecipação, os variadíssimos e dinâmicos dados do sistema vital geográfico que interessavam ao Ordenamento do Território.
Este, iniciado a partir da análise dos diversos elementos sectoriais disponíveis, foi alargado a novas áreas do conhecimento e desenvolvimento recorrendo a métodos interactivos como os "estudos de aptidão", que tiveram origem nos seus estudos e projectos.
Procurou, no cargo de Director-Geral, na Direcção Geral do Ordenamento o desenvolvimento da interdisciplinaridade como método de acção absolutamente necessário à prossecução dos objectivos do Ordenamento do Território, tentando a integração dos aspectos físicos, biológicos e culturais com os socioeconómicos e as infra-estruturas urbanísticas.
Acompanhou de perto estes assuntos bem como a especialização e formação técnica do respectivo pessoal, sobretudo no que respeita ao alargamento dos diferentes campos do saber que intervêm nesta matéria e que constituem a base indispensável ao Planeamento Integrado do Território.
São de sua autoria o enquadramento da Torre de Belém, em Lisboa (1952), os Parques da Cidade do Bonfim, em Setúbal (1953), de Viseu (1954), da Cidade do Funchal (1954), o jardim da Fundação Calouste Gulbenkian, com Gonçalo Ribeiro Telles (1961), o arranjo exterior do Mosteiro da Batalha (1954), o arranjo paisagístico da Cidade Universitária de Lisboa (1955), com Ilídio de Araújo, a envolvente da Biblioteca Nacional e os terraços do Hotel Ritz (1956), o Bairro da SACOR (1959), com Álvaro Dentinho, o Plano de Ordenamento Paisagístico do Algarve (1969), o resort Vila Lara, no Algarve (1974), o parque da Quinta das Conchas e dos Lilases, em Lisboa (1980), a Quinta da Penha Longa, em Sintra (1985/91), a Herdade do Pinheirinho, em Grândola (1995), os Planos da Península de Tróia (2000/…), uma série de jardins públicos e privados, etc.
Em 2009, foi distinguido com o Prémio Quercus “por toda uma longa carreira de mais de meio século dedicada à prossecução dos objectivos do Ordenamento do Território, tentando a integração dos aspectos físicos, biológicos e culturais com os socioeconómicos e as infra-estruturas urbanísticas”.
A atribuição do prémio a este especialista é ainda justificada por Facco Viana Barreto ter lançado “as bases do Planeamento Integrado do Território em Portugal” e ter sido o “ideólogo” da Reserva Ecológica Nacional (REN), Reserva Agrícola Nacional (RAN) e dos Planos de Ordenamento do Território” (Lusa, 2009).
Em 2012, recebe o Prémio Personalidade em Arquitectura Paisagista.
Prémio Valmor em 1975 da Câmara Municipal de Lisboa pelo projecto do Parque da Fundação Calouste Gulbenkian; e Louvores por Despacho Ministeriais em 2 de Março de 1957 e 4 de Novembro de 1975.
Quando contratado pelos Serviços de Urbanização do Ministério das Obras Públicas em 1953, como especialista em projectos de zonas verdes, realizou diversos estudos de parques e jardins por todo o país, em apoio a várias Câmaras Municipais e elaborou diversos planos e projectos da sua especialidade para outros departamentos do Estado por solicitação destes à Direcção dos Serviços de Urbanização ou ao Ministério das Obras Públicas.
Quando Chefe de Serviços de Ordenamento da Paisagem, procedeu à desconcentração dos serviços, através da criação das zonas de Ordenamento da Paisagem (Norte, Centro, Sul, Madeira e Açores) como passo essencial da descentralização, que já nesse tempo, se julgou indispensável como forma adequada para uma acção mais eficiente e alargada a todo o País.
Os Serviços de Ordenamento da Paisagem e esta iniciativa – a sua descentralização – já visava um aspecto preliminar de Ordenamento de Território, na matéria ainda altamente controversa posteriormente tornada missão da Direcção-Geral do Ordenamento do Ministério da Qualidade de Vida.
A partir de 1973 e em face da complexidade destas questões procurou a utilização da Detecção Remota (encontrando-se nessa altura integrado na Comissão Permanente de Estudos de Espaços Exteriores, da Junta Nacional da Investigação Científica e Tecnológica) e a pesquisa de novos métodos e sistemas de tratamento automático de informação que permitissem tratar com eficiência, e por antecipação, os variadíssimos e dinâmicos dados do sistema vital geográfico que interessavam ao Ordenamento do Território.
Este, iniciado a partir da análise dos diversos elementos sectoriais disponíveis, foi alargado a novas áreas do conhecimento e desenvolvimento recorrendo a métodos interactivos como os "estudos de aptidão", que tiveram origem nos seus estudos e projectos.
Procurou, no cargo de Director-Geral, na Direcção Geral do Ordenamento o desenvolvimento da interdisciplinaridade como método de acção absolutamente necessário à prossecução dos objectivos do Ordenamento do Território, tentando a integração dos aspectos físicos, biológicos e culturais com os socioeconómicos e as infra-estruturas urbanísticas.
Acompanhou de perto estes assuntos bem como a especialização e formação técnica do respectivo pessoal, sobretudo no que respeita ao alargamento dos diferentes campos do saber que intervêm nesta matéria e que constituem a base indispensável ao Planeamento Integrado do Território.
São de sua autoria o enquadramento da Torre de Belém, em Lisboa (1952), os Parques da Cidade do Bonfim, em Setúbal (1953), de Viseu (1954), da Cidade do Funchal (1954), o jardim da Fundação Calouste Gulbenkian, com Gonçalo Ribeiro Telles (1961), o arranjo exterior do Mosteiro da Batalha (1954), o arranjo paisagístico da Cidade Universitária de Lisboa (1955), com Ilídio de Araújo, a envolvente da Biblioteca Nacional e os terraços do Hotel Ritz (1956), o Bairro da SACOR (1959), com Álvaro Dentinho, o Plano de Ordenamento Paisagístico do Algarve (1969), o resort Vila Lara, no Algarve (1974), o parque da Quinta das Conchas e dos Lilases, em Lisboa (1980), a Quinta da Penha Longa, em Sintra (1985/91), a Herdade do Pinheirinho, em Grândola (1995), os Planos da Península de Tróia (2000/…), uma série de jardins públicos e privados, etc.
Em 2009, foi distinguido com o Prémio Quercus “por toda uma longa carreira de mais de meio século dedicada à prossecução dos objectivos do Ordenamento do Território, tentando a integração dos aspectos físicos, biológicos e culturais com os socioeconómicos e as infra-estruturas urbanísticas”.
A atribuição do prémio a este especialista é ainda justificada por Facco Viana Barreto ter lançado “as bases do Planeamento Integrado do Território em Portugal” e ter sido o “ideólogo” da Reserva Ecológica Nacional (REN), Reserva Agrícola Nacional (RAN) e dos Planos de Ordenamento do Território” (Lusa, 2009).
Em 2012, recebe o Prémio Personalidade em Arquitectura Paisagista.